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Edna vai à reeleição para representar população excluída da política




Durante entrevista à rádio Cultura FM, nesta sexta-feira (19), a vereadora Edna Sampaio (PT) reafirmou que seu nome será apresentado na convenção da Federação Brasil da Esperança (PT, PCdoB e PV), no próximo dia 3 de agosto.


A parlamentar denunciou a falta representatividade dos negros na política e ressaltou a importância de sua candidatura diante desse cenário. Ela garantiu que recorrerá até às últimas instâncias para defender seus direitos e o cumprimento da lei.


A parlamentar apresentou a proposta de candidatura compartilhada, incluindo na chapa a jornalista Neusa Baptista Pinto e a liderança LGBTQIA+, Daiely Cristina, e prepara o lançamento da candidatura.


Ela apontou a diferença de tratamento que tem sido dado pela Câmara aos processos envolvendo os vereadores Marcrean Santos e Paulo Henrique, ambos do MDB, que não avançaram na Câmara, apesar das provas que há contra eles, e o processo que cassou seu mandato, que foi realizado ‘a toque de caixa’, mesmo não havendo provas contra ela, e atribuiu isso ao racismo.


Edna voltou a denunciar a violência política de gênero e racial que, segundo ela, não é encarada pela sociedade quando acontece de fato, como no seu caso.


“A gente consegue discutir, em tese a violência. Mas quando há violência acontece para determinadas pessoas, o viés político ideológico é mais importante do que a pauta de combate à violência contra as mulheres. Há alguma dúvida sobre a violência que sofri na Câmara? Acho que não", disse.

Edna criticou a ausência das instituições de defesa das mulheres e dos direitos humanos.

E atribuiu isso ao fato de ser mulher negra e das classes trabalhadoras e de ter contrariado o interesse da hegemonia política.


“Como combater a violência se não nos pronunciamos sobre todas as violências que as mulheres sofrem? Essa violência que sofro é histórica, marca a história da política. O silêncio das instituições e das pessoas que dizem defender as mulheres é gritante”, disse ela. “Como vamos trabalhar a questão da violência quando as atitudes são seletivas em relação a isso?”, perguntou.

Segundo a parlamentar, os processos tiveram o objetivo de desgastar sua imagem e tirá-la da disputa eleitoral, mas isso não ocorreu.


“Queriam que eu fosse xingada, apontada como a ‘vereadora da rachadinha’. Mas as pessoas sabem o que está acontecendo e então tem ocorrido o contrário. Encontro muita gente, trabalhadores, pessoas de todos os níveis sociais, de quem tenho recebido muita solidariedade, isso me anima”, disse.


Edna Sampaio está apelando da decisão do juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, Flávio Miraglia, que manteve a cassação de seu mandato. Trata-se de uma decisão de primeira instância e que refere-se a apenas um dos dois mandados de segurança impetrados pela defesa.



Um deles aponta a ilegalidade e a nulidade de todo o processo, que descumpre princípios básicos do Direito - como a o direito à ampla defesa -, desobedece o regimento interno da Câmara e o rito previsto no decreto-lei 201/67.


Outro questiona a validade da sessão de cassação, ocorrida no dia 6 de junho, para a qual sua defesa não foi notificada e ela não foi notificada pessoalmente, como prevê a lei.

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