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Edna se solidariza com jornalista atacada por bolsonarista

Por: Neusa Baptista Pinto

Assessoria de comunicação


Durante sessão ordinária na Câmara Municipal de Cuiabá, nesta terça-feira (22), a vereadora Edna Sampaio (PT) se solidarizou com a jornalista e servidora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Deisy Boroviec, que registrou boletim de ocorrência nesta segunda-feira (21) após sofrer ameaças de um bolsonarista, nas redes sociais.



Os ataques foram descobertos pela jornalista no último domingo e partiram de um apoiador do presidente Jair Bolsonaro, que a acusou de usar seu cargo para disseminar notícias falsas sobre o mandatário e fez duras ameaças à vida da jornalista.


Ela nega que tenha divulgado “fake news'' e diz que apenas manifestou sua opinião sobre as eleições, utilizando suas redes sociais pessoais e confessa que está aterrorizada com a situação.


“A tua batata está assando, mocréia petista. O meu grupo aí em Cuiabá já sabe onde você trabalha e teu horário. Toma cuidado que acidentes e roubos acontecem toda a hora”, diz um trecho dos comentários publicados pelo agressor no Facebook.



A vereadora Edna Sampaio criticou o aumento da violência política no país e destacou que a maioria das 43 empresas e pessoas com contas bloqueadas pelo Ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) sob suspeita de organizar e financiar atos antidemocráticos pelo país

é de Mato Grosso e está ligada aos setores de transporte e agronegócio.




“Vergonhosamente, Mato Grosso é um dos estados onde estes atos continuam acontecendo e a maioria absoluta dos suspeitos de financiar estes atos criminosos são de Mato Grosso. Gente que enriqueceu recebendo financiamento público para plantar soja e que, durante a pandemia, não teve qualquer tipo de empatia com a população pobre que morria de Covid-19 e de fome”, salientou ela.



A parlamentar cobrou posicionamento do governador Mauro Mendes. “Essa gente, que sempre teve apoio do poder público e das instituições brasileiras vai, ela mesma, financiar atos vergonhosos, criminosos, que considero atos terroristas, que precisam ser coibidos com urgência pelo governador”, disse ela.



“O governador não pode continuar absolutamente inerte e pedindo paciência com atos que são criminosos e que agora se assemelham a brigas de gangue. Isso está mais parecendo uma briga de gangue, um acerto de contas, do que um movimento por qualquer coisa que seja”, disse ela.



A parlamentar citou os casos recentes de violência política ocorridos em Mato Grosso, entre eles o dos bolsonaristas suspeitos de atearem fogo em carretas na BR-163, entre os municípios de Sinop e Itaúba, presos pela Polícia Federal nesta segunda-feira (21).



Para ela, os atos antidemocráticos que criticam os resultados das urnas não se justificam. “Ora, é da democracia ganhar e perder e, se as pessoas não sabem disso, não estão preparadas para o convívio democrático. Quem não está preparado para esse tipo de convívio, não pode sair por aí reivindicando ditadura militar. A ditadura invalida todo o nosso esforço de construção de uma sociedade mais justa que, inclusive, garanta a manifestação livre das pessoas”, argumentou.

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