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*Edna Sampaio faz homenagem a Dilma Rousseff*

Foto do escritor: Equipe Edna SampaioEquipe Edna Sampaio






Nesta quinta-feira (31), data em que se lembram os 58 anos do golpe militar no Brasil, a vereadora Edna Sampaio (PT) homenageou a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), segundo ela, um dos personagens que carregam a memória viva do que foi a ditadura e a resistência à violência política de gênero no país.



A parlamentar citou a decisão dos desembargadores da 7ª Turma Especializada do Tribunal Federal Regional da 2ª Região, publicada há alguns dias, que extinguiu uma ação que cobrava da ex-presidente Dilma uma suposta 'reparação dos prejuízos' em razão das chamadas “pedaladas fiscais”.



A parlamentar ressaltou que ficou demonstrado não ter havido lesão aos cofres públicos. “Dilma não cometeu crime, não teve seus direitos retirados, mas representa o que há de maior em termos de resistência que as mulheres podem ter na política. Lutou pela democracia, foi torturada, teve a sua arcada dentária destruída por conta dessa tortura. Nenhuma mulher resistiu tanto à atroz violência de gênero”, disse ela.



Edna Sampaio ressaltou a importância de se manter a memória do que ocorreu durante a ditadura e caracterizou como irresponsável a atitude dos que foram às ruas pedir a intervenção militar.



"Muitos, inclusive, dos colegas que se assentam hoje aqui e que são tributários da luta da geração da ex-presidenta Dilma Rousseff, que lutou com a própria vida para garantir que hoje nós, mulheres, possamos ocupar estes espaços e falar sobre o Brasil, sobre nossas reivindicações, o feminicídio e tudo o que afeta a população brasileira”, disse.



A parlamentar apresentou um vídeo com depoimentos e notícias que narram a trajetória do impeachment da ex-presidente, evidenciando a violência de gênero sofrida por ela.


“Quero, com este vídeo e nesta fala, homenagear a mulher que, para mim, é referência na resistência. Dilma, coração valente. Uma mulher que conseguiu resistir a dois processos de ataque à democracia, primeiro, como militante contra a ditadura militar. Depois, contra a atrocidade de um golpe que atingiu não o partido dos trabalhadores, mas a classe trabalhadora, que hoje amarga a fome, o desemprego, a carestia, a violência e o aumento do feminicídio”, disse ela.



“Não é possível defender Jair Bolsonaro, esse governo genocida e, ao mesmo tempo, defender as mulheres, os mais pobres e aqueles que precisam do Estado. Por isso, quero render minha homenagem a esta que representa a força e garra da mulher brasileira, que resistiu, sem uma lágrima, a todos os homens misóginos, machistas, que derrubaram a primeira mulher eleita presidente da República. Que o Brasil não se esqueça disso”, disse ela.



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