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Edna realiza 9ª assembleia do mandato coletivo


A vereadora Edna Sampaio (PT) realizou neste sábado (3) a nona assembleia ordinária do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos. Ao todo, mais de quarenta co-vereadores e co-vereadoras compõem a base do mandato, formada por profissionais das mais diversas áreas e integrantes dos movimentos negro, de mulheres, LGBTQIA+, migrante, entre outros, que acompanham a parlamentar desde sua trajetória no movimento estudantil e, posteriormente, sindical, na área da educação.



A assembleia analisou a conjuntura e as perspectivas do partido para as próximas eleições e ratificou a decisão do partido de lançar candidatura própria e firmar-se como oposição. Durante o evento, os co-vereadores manifestaram seu apoio à vereadora Edna Sampaio (PT) pelas falsas acusações que tem sofrido, e reafirmaram seu compromisso com sua trajetória e com as bandeiras defendidas pelo mandato.


Durante a assembleia foram entregues certificados e carteirinhas aos co-vereadores.


A parlamentar salientou que o interesse do mandato é dialogar diretamente com quem está disposto a construí-lo, em longo prazo, e que essa rede continue a crescer.


Ela enfatizou a violência política de gênero de que tem sido alvo, assim como diversos outros parlamentares progressistas e negros do país.


“É preciso coragem e determinação para apoiar uma mulher negra em um espaço de poder, que fala, que ameaça, que afronta este poder estabelecido que é extremamente racista e misógino”, disse a vereadora.


A vereadora relembrou a discussão realizada com os movimentos sociais, durante a construção de sua candidatura a vereadora, sobre o modelo de mandato coletivo que seria adotado e destacou que o grupo se baseou na experiência de mandato coletivo do deputado federal Durval Ângelo (PT-MG), hoje da Comissão de Direitos Humanos na Assembleia Legislativa de Minas Gerais.


“Há vários modelos de mandato coletivo. Optamos pelo modelo que o Durval Ângelo trabalhou, onde há um parlamentar eleito e um coletivo que apoia esta candidatura, participa efetivamente do mandato através de uma metodologia. , disse ela.

“A metodologia que adotamos aqui é uma construção, é criatividade nossa. Optamos por ter um gabinete onde a vereadora faria a gestão do gabinete para cumprir a agenda produzida coletivamente e construir um coletivo de co-vereadores e um regimento”.


Ela reafirmou também a estrutura do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos, que é composto pelo gabinete, os co-vereadores e o Conselho Político.


Lembrou que as assembleias de co-vereadores são abertas à participação geral e que nelas foram eleitos os integrantes do conselho, grupo menor de co-vereadores que se reúne quinzenalmente para discutir temas que demandam decisão conjunta.


Professora aposentada e membro do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Sintep-MT), a professora Cleanil Campos, é uma das co-vereadoras.



Para ela, ainda que este seja um momento difícil, é importante, pois reforça valores e posições políticas. “Estar com Edna neste espaço fazendo esta discussão sempre é a nossa resistência. É assim que a gente faz o nosso movimento e entende que constrói uma sociedade justa. Estar neste espaço neste momento em que a Edna sofre todo tipo de ataques”, disse ela.


“São ataques a todos nós, não só às mulheres, mas à toda a sociedade, pois embora ela seja machista, misógina, ainda assim tem uma responsabilidade em entender que nós mudamos e a nossa resistência está mostrando que essa democracia não será inteira se todos não formos contemplados", afirmou.


“Sempre dissemos que tínhamos um problema muito sério na política: o de votar no candidato e só ter notícia dele dali a quatro anos. Quando começamos a participar do mandato coletivo, ajudamos a construir a proposta, e hoje participamos ativamente. Nada é feito sem que seja discutido coletivamente, o que é fundamental, pois não é o mandato de uma pessoa, mas de um coletivo composto por militantes dos movimentos que representam o público mais vulnerável”, disse Clóvis Arantes, liderança do movimento LGBTQIA + e co-vereador.


“Para nós, construir esse mandato é assumir o compromisso de transformar a política, que não é uma coisa feia, ruim. Mas precisamos participar da política e o mandato coletivo nos ensina, a cada dia, que a política precisa ser feita coletivamente”, destacou.





A ex-deputada e assessora parlamentar, Vera Araújo, ressaltou a perseguição que tem ocorrido contra parlamentares progressistas em várias partes do país e a importância do apoio coletivo.


Sempre é melhor estar em um coletivo do que sozinho, isolado. Eu, que já tive muitas experiências de mandato e muitas pessoas comigo, nunca estive em uma experiência de mandado coletivo, uma experiência maravilhosa. Isso é muito valioso, pois é graças a esta estrutura coletiva que damos conta de enfrentar situações como esta que estamos vivendo e muitos companheiros estão vivendo pelo país”, disse.



“É extremamente importante estarmos pautados nessa diversidade e quando nós, mulheres de axé e povos tradicionais de matriz africana, adentramos um mandato que é coletivo, diversificado, é muito importante, pois trazemos para dentro do mandato, nossas pautas, nossas dores e necessidades”, opinou a militante em defesa das religiões de matriz-africana Rosana Pereira.



“Além de ter certeza de minha opção de ter me filiado ao partido, confio muito na nossa vereadora. A luta dela, para mim, é sagrada, de fé, de caráter. Precisamos de pessoas de caráter. Quero fazer muito mais, acho que ainda faço pouco. É uma luta na qual acredito, quero muito estar junto e confiando na nossa vereadora”, disse a fonoaudióloga e ativista pelos direitos indígenas e das populações excluídas, Simone Lemes.



“Quando iniciei o meu ativismo, conheci a Edna e seu mandato popular e me identifiquei, assim como o nosso movimento. O movimento faz hoje quarenta anos de história e atuação no SUS e sempre em luta por espaço dentro das instâncias de controle social. Sabemos que não temos o poder de legislar e nem de executar, mas temos consciência que podemos participar do controle social e usar nossa experiência e há bloqueio da participação das lideranças”, disse João Victor Pacheco Fos Kersul de Carvalho, do Movimento em Defesa das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan).



“Isso que está acontecendo com a Edna é o batismo de uma nova ideia. Sempre quem tem uma nova ideia é perseguido, bloqueado, abafado, pois interfere em benefícios. E a nossa ideia não pode ser abafada. Somos uma semente e esta semente está crescendo e hoje está nascendo um fruto, que veio com muito sacrifício. O atrito faz parte de nosso desenvolvimento, principalmente quando é coletivo”, disse.



“A presença destas pessoas numa assembleia como a de hoje, tanta gente legal, bonita de alma, de coração se manifestando a favor do nosso mandato, é extremamente acalentador, reconfortante, assim como ver a nossa equipe do gabinete tão solidária”, disse a vereadora.

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