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Edna diz que Lula não criticou minorias, mas sim pediu “lideranças reais”



A vereadora Edna Sampaio (PT) comentou as falas do presidente Lula no evento de filiação de Marta Suplicy, na última sexta-feira (02), onde ele afirmou que a mera identidade de gênero, racial ou orientação sexual não deve justificar a escolha dos candidatos do partido, mas sim seu compromisso com as causas populares.


Lula disse que os candidatos não deveriam ser lançados apenas por serem mulher, branco, negro ou indígena, o que foi interpretado pelos críticos e adversários como uma crítica a essas candidaturas, o que é falso. As candidaturas dessas maiorias minorizadas são amplamente apoiadas pelo PT.


Para Edna, Lula foi pragmático e quis dizer que, no atual contexto político, a disputa contra o bolsonarismo e a polarização com a extrema-direita ainda dominarão as próximas eleições e isso não tem relação somente com a figura de Bolsonaro, mas com o campo político da extrema-direita, que cresceu e se organizou .


“Basta ver como a bancada de Mato Grosso tem atuado no Congresso Nacional. Nunca é para defender a população. É sempre para negar direitos e as instituições”, disse.


Ela reforçou que Lula não falou contra as candidaturas de negros, LGBTs e mulheres, mas a favor de uma lógica que deve prevalecer em um ano eleitoral: quais são as lideranças reais que o partido ou o campo têm para apresentar?

Para a parlamentar, o argumento de Lula se aproxima do que ele usou nas eleições de 2022, quando enfatizou a importância de eleger uma bancada federal que o apoiasse, o que não aconteceu, e isso tem dificultado seu governo.


“Lula quer dizer que num ano eleitoral, não podemos eleger apenas com base em identidade de gênero ou racial. Não porque não queiramos, não lutemos por isso. Mas, em ano de eleição, colocamos nossos melhores candidatos na rua, coloca-se os melhores quadros que se formaram”, disse ela.


A parlamentar exemplificou que, por isso, prefere o candidato à prefeitura Lúdio Cabral, apesar de Rosaneide ser mulher.


“Não é porque a nossa maior e mais competitiva liderança no partido hoje em Cuiabá para disputar a Prefeitura é um homem que não podemos discutir a questão de gênero com ele. Lula está correto quando diz que não é essa a orientação para construção de projetos competitivos, eleitorais, pois a nossa pauta de igualdade racial, igualdade de gênero, contra a misoginia, vai muito além da pauta eleitoral. Tem a ver com toda a sociedade e não apenas com nossos representantes políticos”, disse ela.


“É muito importante compreender o lugar de fala de Lula para não confundir a sua fala com uma negação da luta antirracial, por igualdade de gênero, por direitos humanos. Ao fazer isso, estamos sendo desonestos intelectualmente”, disse ela.


Desafio


Para a parlamentar, o grande desafio do partido é trazer lideranças reais que sejam mulheres, negros e LGBTs. “Não é forjando uma candidatura pela vontade individual de quem se coloca, seja preto, mulher”, disse.


A vereadora analisou que a discussão em torno do identitarismo desprivilegia as maiorias minorizadas (mulheres, negros, LGBTs), que não têm poder, mas, na verdade, esse é um debate que diz respeito a toda a sociedade.


“É óbvio que o racismo e misoginia colocam como grupos identitários apenas aqueles que não têm poder. Como se os homens brancos também não lutassem pelas suas identidades, já que elas são consideradas “universais”, disse. “Cabe a nós, mulheres, negros LGBTs, fortalecer as nossas lideranças para que elas venham a ocupar os espaços de poder e o partido”.

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