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Edna diz que atos antidemocráticos não podem ser naturalizados

 Por: Neusa Baptista Pinto


Victor Ostetti

A vereadora Edna Sampaio (PT) criticou, nesta terça-feira (27), o ato realizado no último domingo (25) em São Paulo, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que convocou seus apoiadores para manifestação na avenida Paulista.


A parlamentar disse que ficou preocupada com o ato, e que no Brasil as manifestações de extrema-direita estão sendo naturalizadas, mas elas ferem o estado laico e o estado democrático de direito. 


Para ela, é inadmissível naturalizar um ato chamado por Bolsonaro para se defender de acusações de conspiração contra a democracia cometidos dentro do Palácio do Planalto e classificou a manifestação como  “uma mistura proposital e enganosa de um discurso bélico que se utiliza das instituições religiosas para manipular as consciências e os sentimentos do povo”.


Edna afirmou que deseja que Bolsonaro tenha um julgamento justo, assim como a qualquer pessoa acusada de crime em uma democracia, e destacou a importância de defender o regime democrático.


“A democracia neste país está em risco e uma das formas de defendê-la contra  o extremismo é as instituições não permitirem a naturalização de um evento que é afrontoso à democracia, ao estado laico e à toda a população que elegeu, pela terceira vez, o governo Lula”, disse.

Para ela, Bolsonaro está propondo a defesa de suas práticas inconstitucionais que devem ser punidas  sob pena de o estado ser conivente, pois sem democracia, predomina a política do mais  forte contra o mais fraco e a legitimação da desigualdade social que se vive em Mato Grosso.


A vereadora destacou aos colegas que de nada adianta reclamar do poder executivo, seja ele qual for, se, no Brasil, apoiamos práticas criminosas de combate à democracia. 


“A política não pode ser a disputa da criminalização dos agentes públicos. A disputa tem que estar no campo da política. Bolsonaro chamou para o campo político a discussão jurídica sobre sua condenação por estar, como presidente da República, tramando contra a democracia”, disse ela. 


“Ele fez o caminho inverso. Enquanto seus pares aqui fazem a judicialização da política, ele está querendo fazer a politização da justiça. Não vamos aceitar isso”, afirmou.


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