Na audiência pública "Brasil Sem Misoginia", que contou com a presença ministra de Estado das Mulheres do Governo Lula, Cida Gonçalves, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), a vereadora Edna Sampaio (PT) denunciou a violência política de gênero que vem sofrendo desde o início de seu mandato na Câmara Municipal de Cuiabá. Na ocasião, ela destacou as ações de perseguição praticadas pelo atual presidente da Casa, vereador Chico 2000.
"É a primeira vez que tenho um mandato parlamentar e o homem que me persegue, é nada mais, nada menos que o presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, que em 2016 foi acusado de pedofilia, de ter abusado de sua enteada, e que foi preso por isso e ficou cerca de 30 dias na prisão. E o que aconteceu com ele, ministra?", questionou Edna.
A vereadora destacou os atos de violência ocorridos durante a Presidência de Chico 2000 e destacou a falta de apoio entre os colegas da Casa, que reabriram um processo de cassação contra ela, sem que o primeiro primeiro processo, anulado por irregularidades, tenha sido transitado em julgado.
"Eu temo pela minha vida, temo pela minha segurança, porque agora mesmo, na semana passada, apresentei um pedido de cassação do vereador Chico 2000 por violência política de gênero, e novamente houve consenso para o arquivamento do caso naquela Câmara, que mais parece um sindicato de vereadores do que propriamente uma casa legislativa destinada a discutir os problemas reais da população", afirmou.
Edna solicitou o apoio da ministra e das autoridades presentes, incluindo o deputado estadual Valdir Barranco, Presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), do deputado Lúdio Cabral, pré-candidato a prefeito de Cuiabá para que o problema seja tratado com a seriedade que merece.
"Eu acredito no nosso Governo, acredito no nosso trabalho, por isso peço que nos apoiem, pois não é mais possível que um problema dessa magnitude seja tratado por muita gente como problema de um indivíduo, como problema da Edna Sampaio".
A vereadora também fez uma comparação entre violência política de gênero e violência doméstica, ressaltando que ambas são manifestações de poder que visam subjugar as mulheres. Ela alertou para a importância de uma legislação mais rigorosa e um judiciário mais sensível às questões de gênero, afirmando que é necessário que as vozes das mulheres sejam ouvidas e valorizadas nos espaços de poder.
Letícia Corrêa
Assessoria de Comunicação
MANDATO COLETIVO PELA VIDA E POR DIREITOS
Comments