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Edna aponta racismo em ataques que vem sofrendo




Durante entrevista ao programa “Conversa de Compas”, do coletivo Democracia Corintiana, na noite desta terça-feira (4), a vereadora Edna Sampaio (PT) apontou a presença da violência de gênero e raça nas perseguições, ataques e fake news que tem sofrido.




A entrevista tem Mediação de Carlos Ojeda e apresentação de Deyvid Leite.


A vereadora destacou que, no que diz respeito ao objeto da investigação, as oitivas feitas pela Comissão de Ética mostraram que não há desvio de verba em seu gabinete e não foi produzida prova contra ela.


Ela reclamou que tem sido tratada de forma desrespeitosa e odiosa por alguns de seus pares e que é vítima de violência racial.


Atribuiu esses ataques a uma tentativa de desgastar sua imagem, diante do potencial eleitoral que possui e vem demonstrando, a exemplo das últimas eleições, em que conquistou a suplência na disputa para deputada estadual.


Citou como exemplo o vereador Dilemário Alencar, que a acusou de mentir sobre a conta conjunta do mandato, algo que ela provou por meio de documentos, entregues durante a sessão desta terça (4).



A parlamentar afirmou que nunca sentiu tamanha violência e falou sobre a dificuldade de demonstrar que o que sofre é racismo. Ela enfatizou ser a primeira parlamentar a passar por tal situação e criticou o silenciamento sobre o racismo envolvido no caso.


“Qual nome eu vou dar a isso? Não posso negligenciar algo que conheço tão bem desde pequena, que é o racismo. Ele tem uma estrutura muito mais poderosa e fechada do que a própria violência de gênero ", disse.


Para Edna, num contexto fascista, o racismo se banaliza porque as pessoas se sentem autorizadas a serem racistas.



Ela enfatizou também a intolerância contra a presença da mulher negra nos espaços de poder e apontou a influência do fascismo na atual legislatura.


“Essa política fascista não considera o outro adversário, mas sim inimigo, então vale todos os métodos e meios para a destruição do outro”, disse.


“Essa política fascista não considera o outro adversário, mas sim inimigo, então vale todos os métodos e meios para a destruição do outro”, disse. A parlamentar apontou que a violência também é física, pois provoca dores, insônia, perturbação do humor e adoecimento mental.


A parlamentar aponta a tentativa de seus adversários de desconstruir sua ligação a pautas pelas quais lutou toda a vida, como o direito das mulheres.


Ela citou como exemplo o fato de que as provas apresentadas por ela na oitiva, que mostram a relação amistosa que manteve com a ex-chefe de gabinete, estão sendo ignoradas.


Para a parlamentar, não são os fatos, mas a criminalização de sua atuação que está em debate.


“É uma violência política de gênero e está completamente descrita na lei que estabelece o que é esse tipo de violência. Mas é também racial, pois acontece de forma acintosa... como se fosse normal me violentar, como se eu não tivesse o direito à minha própria identidade como mulher preta”.





Durante o programa, os apresentadores, Carlos Ojeda e Deyvid Leite citaram outras parlamentares de esquerda atacadas que também sofreram violência política de gênero: Érika Kokay (PT-DF), Juliana Cardoso (PT-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Talíria Petrone (PSOL-RJ).



“Entendemos a luta de vocês, nós temos na Câmara dos deputados, no Congresso, o ataque que nossas deputadas vêm sofrendo: Juliana Cardoso, Sâmia, Talíria. Isso incomoda muito,pois estamos em um momento em que eles espalham mentiras aos quatro cantos. Se as pessoas não se informam, não entendem o que está acontecendo, de fato, e acabam comprando a mentira deles”, disse Leite


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