A vereadora Edna Sampaio (PT) criticou o fato de parlamentares da base do prefeito e ele próprio estarem defendendo publicamente políticas que estão sendo retomadas pelo governo Lula, ao mesmo tempo em que barram a criação de medidas similares propostas por ela para o município.
A parlamentar esteve nesta sexta-feira (22) no lançamento do Programa Brasil sem fome, do Governo Federal, onde a prefeitura anunciou a assinatura de um convênio para distribuir refeições a pessoas em situação de vulnerabilidade por meio do Restaurante Popular, que será reinaugurado.
Ela voltou a cobrar políticas públicas de longo prazo para combater a miséria e pediu a retomada da proposta de sua autoria que criava a Renda Básica de Cidadania na capital, apresentada como projeto de lei e rejeitada pelos vereadores e pelo prefeito. Também não prosperou um processo judicial movido pela parlamentar para obrigar prefeitura e estado a adotar a renda básica.
Ela também citou a criação do auxílio-aluguel para mulheres vítimas de violência doméstica, proposta sancionada pelo governo Lula nesta quinta (21) e que é idêntica a um projeto de lei de autoria da parlamentar que foi rejeitado pela Câmara de Cuiabá.
Ela ainda sugeriu que, como a proposta do governo federal prevê o pagamento por até seis meses, a prefeitura assuma o repasse pelo restante do ano.
“Falam bem sobre as políticas do governo federal, como, por exemplo, a política de combate à fome. Mas muitas vezes vim aqui falar sobre a omissão do poder público estadual e municipal, que nada fizeram contra a fome durante a pandemia, sem que tenha havido nenhum tipo de mobilização”, disse a parlamentar, durante a sessão ordinária desta quinta-feira (21).
“Precisamos retomar as pautas do governo federal que estão sendo abraçadas pela base do governo Emanuel e eu louvo isso. Vivemos em uma federação. Não existe Prato Cheio apenas do município, existe uma política nacional de combate à fome”.
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