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A vereadora Edna Sampaio (PT) participou, no último domingo (7) da roda de conversas comemorativa aos 46 anos de existência do Movimento Negro Unificado (MNU-MT), sob a organização da coordenadora estadual, e co-vereadora, Isabel Garcia de Farias.
Neusa Baptista e Daiely Cristina, integrantes da chapa #3Pretas, também estiveram presentes, junto a lideranças do bairro e região.
Edna falou sobre a experiência de ocupar a Câmara enquanto mulher negra. Ela definiu o racismo como uma estrutura de poder que justifica o fato de os negros serem a maioria entre os pobres, os encarcerados e os que vivem sob suspeita.
A cassação de seu mandato é um exemplo prático.
“O racismo que a gente vive cotidianamente é o mesmo que eu vivi na Câmara com duas cassações ilegais do meu mandato, algo que nunca aconteceu em Cuiabá e em Mato Grosso”, afirmou ela.
Edna afirmou que a luta do MNU pertence ao campo progressista, da esquerda, e que não é possível combater o racismo a partir ou através da direita.
“Quem produz o racismo, quem mantém o nosso povo pobre é a direita. A direita é a causadora da nossa tragédia social, a representante que congrega o poder de construir uma sociedade onde as pessoas pretas só podem ocupar o papel de submissão”, disse.
A vereadora falou sobre a importância da árvore baobá, que estava sendo homenageada no evento.
“Nesses 46 anos de existência do MNU, cada um e cada uma traz em seu coração a semente do baobá, árvore africana que tem raízes profundas e representa os nossos antepassados. Não devemos esquecer que nós, negros e negras, que vivemos nesse tempo, só vivemos aqui porque somos muito fortes”, afirmou.
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