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Roda de conversas debate políticas para mulheres

A equipe da Secretaria Municipal da Mulher realizou na tarde desta segunda-feira (21) a roda de conversas “Políticas para Mulheres”, integrando a programação da Semana do Migrante de Cuiabá.




O objetivo foi debater os fundamentos dos direitos da mulher, os diferentes tipos de violência a que elas estão expostas e apresentar os serviços de atenção à mulher vítima da violência existentes hoje na capital, entre eles a Casa de Amparo.


A Semana do Migrante foi instituída a partir de projeto de lei de autoria da vereadora Edna Sampaio (PT), que inseriu no calendário do município esta data comemorativa, como forma de valorizar a contribuição dos migrantes para o desenvolvimento da capital e do Estado.


Este ano, a programação está sendo organizada pela vereadora e o Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos e pela Secretaria Municipal de Assistência Social, Direitos Humanos e da Pessoa com Deficiência, movimentos sociais e entidades representativas.

Uma das participantes da roda foi a chefe de recepção Caridad Bueno, natural de Cuba, que está no Brasil desde maio.


“É importante esta conferência porque, talvez aqui, alguma mulher imigrante, como eu, já tenha sofrido em algum momento violência doméstica e, como não conhece as leis deste país, tenha medo. É muito importante e creio que é um trabalho maravilhosos porque a mulher, na história do mundo, tem sido muito maltratada”, disse.


“Agradeço a todos os brasileiros, batemos à porta do Brasil e fomos bem recebidas, estivemos em outros lugares e fomos muito maltratadas, por isso, somos muito gratas ao Brasil”, finalizou.


A chef de cozinha colombiana Diana Maria Castrillon Montoya, salientou que nunca antes havia participado de uma roda para discutir temas como este. Emocionada, agradeceu ao Brasil, em nome de toda a família (marido e dois filhos adolescentes), que estão há um mês vivendo na capital, e comemorou o fato de o esposo já estar trabalhando como soldador.


“Me parece um grande trabalho o que fazem conosco, mulheres, estrangeiros, porque em outras partes não há isso, de acorrer, de ajudar, de informar e de ensinar a viver em comunidade”, disse ela.


“Para mim e toda a minha família é um privilégio estar nesta cidade e neste país lindo. Nós, colombianos, valorizamos muito o diálogo e isso parece excelente porque nos ensina como saber viver em união para ensinar também a nossos filhos”.


A estudante colombiana Lilibeth Orozco, de apenas 14 anos, também esteve presente à palestra. “Isso é muito importante porque em nosso país não há isso, não há tanto apoio para as mulheres porque tudo parte dos homens, os homens têm sempre mais poder, por exemplo, no trabalho, um homem pode ganhar até três vezes o que uma mulher para desempenhar a mesma função”, disse ela.


Diana Maria Castrillon Montoya


“Através da Semana do Migrante, nossa secretaria vem não só falar de deveres e direitos, mas acolher a todas as mulheres, o que é o nosso papel, não importa de onde vem. Viemos hoje, discutir um pouco sobre direitos das mulheres, mas também ouvir”, disse a secretária da Mulher, Luciana Zamproni.

Maria Linalva
Maria Linalva

Vivendo há três anos no Brasil, um deles em Cuiabá, a dona de casa venezuelana Maria Linalva, de 30 anos, acredita que a participação em atividades deste tipo auxilia às mulheres a dar os primeiros passos para vencer a violência.


“É muito importante porque oferece orientações para as mulheres, auxiliando tanto no aspecto físico quanto no psicológico, para que possam sair do círculo vicioso da violência de gênero”, disse ela.


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