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Mulheres prestam homenagem a Marielle

Por: Neusa Baptista Pinto

Da Assessoria


Mulheres integrantes de movimentos sociais realizaram um ato público na Câmara Municipal, nesta terça-feira (14), para protestar contra a falta de esclarecimentos sobre o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco, que completou cinco anos. O ato integrou o calendário nacional de atos públicos promovido por coletivos de mulheres de todo o país com o apoio do Instituto Marielle Franco.


Durante a sessão ordinária, as lideranças levaram para a tribuna cartazes com os dizeres “Não seremos interrompidas”, “Multiplicar o legado”, “Meia década é tempo demais” e “Justiça por Marielle e Anderson”, entre outros, e levantaram as mãos com os punhos fechados, repetindo três vezes a palavra de ordem “Marielle, presente!”. O material foi custeado pelo Instituto e as fotos e vídeos do ato foram compartilhados em suas redes sociais.


Esta é a terceira vez que a capital realiza um ato em referência à morte da vereadora negra. A ação organizada pelo movimento de mulheres e pelo movimento negro recebeu o apoio da vereadora Edna Sampaio (PT) com o objetivo de homenagear essa liderança negra que, no dia 14 de março de 2018, foi assassinada a tiros junto com seu motorista, Anderson Gomes, um crime que tem sido apontado como represália à atuação da parlamentar contra o crime organizado.


Em 2019, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram presos como executores do crime, mas até o momento não se sabe quem foi o mandante e as investigações seguem em lentidão.



Eleita em 2016, Marielle foi a vereadora mais bem votada do Rio de Janeiro. O projeto de lei que criou o Dia Nacional de Marielle Franco, de autoria do governo Lula, foi uma das iniciativas do governo voltadas ao público feminino que foram apresentadas no Dia Internacional da Mulher.


“Hoje é um dia em que lembramos com muita dor do asssassinato da Marielle Franco, que foi e é para nós, povo, mulheres e, especialmente, mulheres negras, uma referência. Até hoje não conseguiram dizer quem mandou matá-la e hoje foi instituído o dia em que vamos lembrar da violência política de gênero. É um dia de conscientização. As mulheres não podem ocupar os espaços da política e serem violentadas. Somos a minoria absoluta e é preciso que os homens tenham decência e colaborem com os espaços de participação das mulheres sem desrespeitá-las”, disse a vereadora Edna Sampaio.

“Somos 28% da população brasileira e hoje os grandes movimentos ativistas e os atos são levantados por mulheres negras. Então, somos nós que sofremos o maior tipo de violência. Estamos hoje em um dia de luta. O diálogo é extremamente importante. Há uma pesquisa do Instituto Marielle Franco segundo a qual 56,6% das candidatas e das eleitas são mulheres negras. Nós também temos que fazer uma rede de apoio no sentido de apoiá-las, de denunciar esse tipo de agressão. Estamos falando de violência política, da violência institucional, psicológica, das agressões. Pedimos justiça por Marielle e Anderson”, disse Dejenana Campos, professora do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e coordenadora de ações vinculadas ao Instituto Marielle Franco em Cuiabá.




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