Ela defendeu maior protagonismo da Câmara
A vereadora Edna Sampaio (PT) informou que vai solicitar ao prefeito em exercício, José Roberto Stoppa, com quem se reunirá nesta sexta (5), que apresente com urgência um calendário de realização de concurso público na saúde, a única forma de resolver definitivamente as irregularidades no setor.
Ela lamentou o encerramento da sessão ordinária desta quinta (4), onde seria votado o pedido de comissão processante contra o prefeito afastado Emanuel Pinheiro (MDB).
A suspensão foi decretada pelo presidente da Câmara Municipal, Juca do Guaraná Filho (MDB), durante discussão entre o presidente da casa, a vereadora Michelly Alencar (DEM) e oposicionistas ao executivo.
“Tínhamos uma pauta importante para ser discutida, saiu dos trilhos a organização da sessão. Achei muito ruim para quem estava assistindo. Espero que, na próxima semana, os ânimos estejam mais tranqüilos, pois a população quer saber a posição dos vereadores, o que será feito em relação a esta situação grave que está posta”, avaliou.
Protagonismo
Edna Sampaio defendeu maior protagonismo da Câmara, apontando que ela precisa “deixar de ser expectadora” e atuar dentro de sua competência no que diz respeito às denúncias contra o executivo.
“A Câmara não pode ficar inerte, tem de ser diligente em relação aos problemas de gestão no município. Com o afastamento do prefeito, precisamos garantir a estabilidade política, pois o afastamento é parte do processo legal e as pessoas precisam do governo, independente de quem esteja à frente da prefeitura”, disse ela.
“Precisamos resolver logo isso, o que só vamos conseguir com a Câmara atuando dentro de sua competência institucional para que, o mais rápido possível, possamos normalizar a situação. Defendemos a realização do concurso público com a máxima urgência para resolver, estancar de vez esta situação de improbidade no município”, comentou.
A vereadora reiterou sua posição contrária ao pedido da comissão processante proposta pelos bolsonaristas da oposição que, a seu ver, é vazia e sem fundamento legal.
Comissão
E voltou a argumentar que “para ser efetiva, a instauração da comissão precisa respeitar as condições legais para apresentação objetiva do crime e a competência legal da Câmara para julgamento”, disse ela. “Fazer tanto barulho e não apresentar uma denúncia legalmente qualificada não é aceitável”.
“Precisamos superar a espetacularização da política e fazer o combate sério a essa verdadeira epidemia, que é a corrupção”, avaliou.
A vereadora ainda lamentou o episódio de machismo sofrido pela vereadora Michelly Alencar.
“O machismo é algo sobre o que precisamos falar. Atribuir às mulheres comportamentos desqualificantes pelo fato de ser mulher não pode ser. Mesmo não concordando com a posição política da vereadora, sou solidária”, disse ela.
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