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Foto do escritorEquipe Edna Sampaio

Edna Sampaio sai em defesa de jornalista agredida por PM e defende câmeras em fardas


Em nota de solidariedade à jornalista Oziane Rodrigues, que foi agredida por um policial militar na última quarta-feira (8) durante uma abordagem no trânsito, a vereadora Edna Sampaio (PT) exigiu da Polícia Militar providências contra a atitude “desumana e sádica” do policial.


No comunicado, publicado nesta sexta-feira (10), ela declarou que o ato foi extremamente covarde e vai totalmente contra ao modelo de segurança cidadã que defende.


“Esse é mais um caso do espetáculo de horror, de misoginia, de machismo que nós assistimos lamentavelmente no mês de março, mês das mulheres”, disse ela.


A vereadora ainda enfatizou a importância da instalação de câmeras de segurança nas fardas, projeto que seu mandato defende há muito tempo.


Ela informou também que vai enviar a denúncia sobre o caso da jornalista à Secretaria de Estado de Segurança Pública e ao Conselho Estadual de Direitos Humanos para que sejam feitas as devidas investigações.


“Nós sempre fomos defensoras de que os policiais usassem câmeras nas fardas. É muito importante que isso aconteça para evitar os abusos de quem porta uma arma em nome do estado e que usa de forma completamente contrária, produzindo, inclusive, reações da fragilidade masculina, de homens que se sentem muito poderosos usando uma arma. Nós precisamos romper essa masculinidade tóxica que infelizmente muitos policiais possuem”, comentou.

Por fim, Edna Sampaio ainda falou da importância dos policiais receberem assistência psicológica para evitar reproduzir comportamentos tóxicos e agressivos.

“Vamos tomar todas as providências em relação ao caso. Vamos encaminhar a denuncia à Secretaria de Estado de Segurança Pública e ao Conselho Estadual de Direitos Humanos, vamos exigir que sejam tomadas as devidas providências, porque não é possível que seja naturalizado o comportamento de policiais que violam o seu código de ética e de conduta e passam a naturalizar a violência e o abuso de autoridade. Minha solidariedade à Oziane, sua filha e a todas as mulheres que sofrem violência”, finalizou.

Entenda o caso

A jornalista Oziane Rodrigues relatou em suas redes sociais que registrou um boletim de ocorrência após ser agredida por um policial militar durante uma abordagem.

Tudo ocorreu quando a profissional estava com a filha em seu carro e pensou ter visto o tio sendo abordado pela PM. No mesmo momento, fez o retorno para confirmar e, ao notar que não era ele, decidiu ir embora.

Nesse momento, acabou sendo abordada por um policial identificado como Lizandro. "Olhou e disse: 'está tudo limpo, mas então vou te aplicar uma multa porque você estava percorrendo longo trecho da via em zigue-zague, aparentemente embriagada'. Falei que ele não poderia fazer isso, primeiro porque não aconteceu, segundo como ele aplicaria uma multa se estava regular, não aconteceu nada de errado?", narrou ela.

Quando notou que estava sendo filmado, o PM chegou a apertar o pulso da jornalista, tentando tirar o aparelho da sua mão.

"Ele veio para cima de mim, me agrediu. Ele estava com minha CNH na mão, ele fechou a mão no meu celular e com a outra tentou forçar meu punho. Segurei com muita força o celular. Comecei a gritar por socorro, comecei a gritar para as pessoas que estavam sendo abordadas para que elas me ajudassem de alguma forma, porque o policial estava me agredindo", disse a jornalista à imprensa.


Confira nota na íntegra:

NOTA DE SOLIDARIEDADE À JORNALISTA OZIANE RODRIGUES

O Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos e a vereadora Edna Sampaio manifestam sua solidariedade à jornalista Oziane Rodrigues, que foi vítima de agressão durante uma abordagem policial justamente no Dia Internacional da Mulher.

Ao parar próxima de uma abordagem policial por acreditar que um tio seu estava no local, Oziane foi abordada, agredida e humilhada por um cabo identificado como Lizandro, sem qualquer motivo.

A jornalista sofreu agressão, ao ser contida fisicamente pelo policial ao tentar filmar o fato, e agressão verbal e psicológica, ao ser acusada de estar embriagada, passando por vexame, humilhação e deslegitimação de sua fala.

Este ato covarde cometido por um agente do estado nos mostra o quão ultrapassado é o atual modelo de segurança, onde o cidadão é considerado culpado até prova em contrário, ainda mais se for uma mulher.

Também mostra a importância de medidas preventivas, como a instalação de câmeras de segurança nas fardas, uma política que temos defendido há muito tempo.

Oziane Rodrigues é mãe, ativista social e militante das causas dos mais vulneráveis. Este mandato dedica a ela sua admiração pelo olhar social sensível que tem demonstrado ao longo de sua carreira. Exigimos da Polícia Militar providências contra a atitude desumana e sádica.

Denunciamos a prática de violência de gênero contra Oziane e contra sua filha, que a acompanhava no momento.

Como defensora da causa das mulheres, a vereadora Edna Sampaio cobrará a punição dos responsáveis por este crime. As mulheres estão cansadas de tantas violências!


Machistas não passarão!

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