Durante sessão ordinária nesta terça-feira, a vereadora Edna Sampaio (PT) cobrou celeridade na tramitação das pautas referentes à Covid-19 na Câmara. Ela citou a existência de 17 iniciativas parlamentares, referentes à pandemia que ainda não foram pautadas, entre elas as que pedem a priorização de grupos para a vacinação.
A vereadora se disse preocupada com a forma como os grupos prioritários estão sendo definidos, sem a devida discussão.
“Estamos em plena pandemia que os cientistas já dizem que vamos viver daqui a pouco a terceira onda; precisamos sair dessa inoperância no enfrentamento à pandemia. As famílias não suportam mais perder seus tentes queridos por conta da inoperância do poder público”, salientou ela.
Ela apontou a necessidade de levar para o parlamento pautas de interesse da população. Somente na sessão desta terça, por exemplo, estavam em votação nove proposições para concessão de títulos de cidadão cuiabano.
A própria vereadora já apresentou indicações para a priorização de quilombolas, indígenas que vivem na área urbana da capital, população ribeirinha, profissionais da assistência social, da educação e outros grupos vulneráveis.
Ela também apresentou projeto de lei determinando a criação de um sistema de monitoramento das doses de vacina recebidas pelo município e dos grupos atendidos, e projeto de resolução prevendo fornecimento de máscaras de proteção e higienizador aos servidores da Câmara.
Outro PL de autoria da vereadora cria o plano municipal de enfrentamento à Covid-19, obrigando o executivo a fazer a testagem em massa da população e realizar o acompanhamento médico dos casos positivos.
Para a vereadora, o município deve ser cobrado pela falta de políticas publicas de saúde, mas a responsabilidade do estado e do governo federal deve ser lembrada. Ela apontou o fato de o governo estadual anunciar números positivos de arrecadação quando, na verdade, eles indicariam a falta de investimentos.
“Superávit significa que o governo arrecadou muito mais do que gastou, ou seja, em plena pandemia bilhões de reais deixaram de ser investidos para salvar a vida das pessoas, assim como o governo federal deixou de comprar a vacina deliberadamente, nove meses para responder a Pfizer se iria ou não adquirir a vacina e não foi por falta de dinheiro, foi por uma decisão deliberada de deixar o povo brasileiro sem vacina”.
Ela apontou a falta de apoio também aos municípios do interior, que dependem mais do que a capital dos recursos federais.
“O governo federal não tem garantido políticas que realmente possam fazer os municípios enfrentarem a pandemia. Não adianta ficar falando da situação do serviço público se o governo federal e o governo do estado economizam às custas da morte e da doença das pessoas”.
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