A vereadora Edna Sampaio (PT) esteve presente no ato público promovido pelo movimento estudantil na tarde desta quarta-feira (15), no centro da capital, data em que houve atos em todo país como parte do Dia Nacional de Mobilização pela Revogação do Novo Ensino Médio (Lei 13.415/2017).
As atividades propostas pela União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES) contam com apoio de organizações como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) e o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (SINTEP-MT).
Na semana passada, o Ministério da Educação (MEC) abriu consulta pública para avaliação da política nacional de ensino médio, mas o movimento social defende a revogação da lei, aprovada no governo Michel Temer.
Entidades dos movimentos sociais e pesquisadores estão questionando a medida e pedem o retorno das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio publicadas em 2012.
Os ativistas destacam que o modelo fragiliza a formação dos estudantes pela redução da carga horária de disciplinas como sociologia, filosofia e biologia e que incentiva o aumento da evasão escolar.
Segundo a parlamentar, o ex-presidente Michel Temer, ao instituir a reforma para o ensino médio, contribuiu para regredir a qualidade do ensino ofertado, voltando-o apenas para a formação de mão-de-obra e condenando os filhos de trabalhadores a terem ensino de baixa qualidade, sem formação humanística, de linguagem, cultura e arte.
“A educação salva vidas. A educação me salvou enquanto filha de trabalhadores - de um motorista de caminhão e de uma professora primária - e agora queremos que a educação continue salvando vidas e para isso é preciso revogar esse modelo de ensino médio, que é uma proposta de redução da educação para classe trabalhadora [...]. Por isso, estamos aqui para dizer ao governo Lula e ao ministro Camilo Santana que não podemos continuar com essa reforma do ensino médio”, disse a vereadora.
Para o professor Alisson Pereira, o que está acontecendo é um crime contra todos os alunos. “Dizendo que estão aumentando o tempo de estudo, na verdade estão reduzindo , pois cria-se uma série de disciplinas voltadas para o mercado e reduz-se as aulas de sociologia, filosofia, que saíram de uma ano inteiro do Ensino Médio. Diminuiu-se as aulas de química, biologia, geografia, vai ser retirada uma aula de artes o ano que vem", disse.
“É um ensino que não condiz com a necessidade da classe trabalhadora, gera o apartheid, um ensino para ricos e outro para pobres. É nosso dever defender os nossos estudantes e muitos professores que não puderam estar aqui”.
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