Por: Neusa Baptista
Na sessão ordinária desta quinta-feira (27), na Câmara Municipal, a vereadora Edna Sampaio (PT) convidou os movimentos sociais a estarem nas ruas neste sábado (29), quando acontecem atos de protesto contra o governo federal na capital.
Em Cuiabá, será realizada uma carreata, saindo da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), às 9h e, às 15h, acontece um ato público na praça Alencastro, no centro.
Segundo a organização, serão tomadas todas as medidas recomendadas para a proteção contra o novo coronavírus.
Com a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, o movimento cobra vacinação para toda a população pelo Sistema Único de Saúde, transferência de renda aos mais pobres e auxílio emergencial em valor compatível com a necessidade dos trabalhadores.

Também homenageia a memória das vítimas da Covid-19 no país, em sua maioria negras.
O movimento denuncia ainda a violência do estado contra a população, citando as mortes ocorridas na comunidade do Jacarezinho (RJ), e destaca o alto índice de assassinatos de jovens negros no país.
Os atos estão sendo organizados pelos partidos de esquerda, representações sindicais, movimentos estudantil, negro, de mulheres, ambiental e LGBTQIA+ e outros representantes de populações marginalizadas.
“Eu quero convidar vocês, que como eu, estão indignados com a situação desse país a se manifestar amanhã (28) em uma carreata que vai ter a concentração na UFMT às 9 horas e as 15 horas um ato promovido pela juventude progressista de esquerda. Gente que está preocupada com a vida das pessoas”, declarou a petista.
“Não podemos olhar a realidade como se Cuiabá fosse uma ilha. A situação da vacinação tem reponsabilidade do município? Sim, mas tem responsabilidade do estado. E a responsabilidade maior é do governo federal, que se recusou a comprar vacina e usou de todos os artifícios para boicotar o isolamento social e as medidas de biossegurança recomendadas pela ciência”, disse ela.
“Se atingimos o patamar altíssimo de mortes neste pais e se não tem Coronavac, por exemplo, para a segunda dose, correndo o risco de perdermos as doses já aplicadas, é porque o governo federal não tem preocupação com a vida”, salientou ela.
“A vida da população está sendo colocada em risco por um governo genocida, e a CPI está desvelando isso”, comentou ela. “Se o governo federal não cumpre suas obrigações, cabe a nós denunciar”, afirmou.
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