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Edna apoia indígenas venezuelanos que cobram moradia digna


Victor Ostetti

O Padre Aloir Pacini, antropólogo e membro da Pastoral Indígena, utilizou a tribuna livre durante a sessão ordinária desta terça-feira (14), na Câmara Municipal, a convite da vereadora Edna Sampaio (PT), para expor a dificuldade de moradia digna enfrentada pela comunidade indígena venezuelana da etnia Warao, composta por cerca de 60 famílias que residem em Cuiabá há dois anos.


Segundo ele, as tentativas de ocupação do território destinado para as famílias pela Prefeitura de Cuiabá, localizado no bairro Jardim Novo Pequizeiro, às margens da MT-040, próximo onde está sendo executada a obra do Hospital Universitário Júlio Muller, foram frustradas em diversas ocasiões.


“Uma parte do território já está ocupada pela iniciativa privada, e os proprietários não estão dispostos a ceder livremente o espaço. Além disso, uma outra parte deste território é uma Área de Preservação Permanente (APP), o que torna a ocupação ainda mais complexa”, explicou o Pe. Alior.

Ele também ressaltou que enquanto a busca pela designação território continua, é importante ressaltar que é necessário um espaço amplo, que possa abrigar cerca de 60 famílias indígenas de forma adequada. “Este espaço deve permitir a construção de casas, uma escola, e áreas para atividades esportivas, proporcionando uma aldeia digna para esta população, além de servir como um ponto de interesse turístico que promova a visibilidade da cultura indígena”.


O padre relembrou que já havia utilizado a tribuna no dia 1º de junho do ano passado para abordar a situação, também a convite da vereadora, e compartilhou o progresso, fruto de um trabalho em conjunto com várias instituições, tanto governamentais quanto não governamentais.


Victor Ostetti

As famílias estão alojadas temporariamente em abrigos no bairro São José, na região de Santo Antônio. No entanto, é importante destacar que esses abrigos não oferecem condições adequadas para a convivência familiar e para a preservação da organização tradicional indígena. Por isso, é fundamental que se possa criar uma aldeia que permita às famílias terem seus próprios espaços, respeitando sua autonomia e preservando sua cultura.


O padre pediu o apoio da Câmara Municipal para a criação de uma aldeia indígena digna. “Esta aldeia não apenas forneceria habitação adequada, mas também promoveria a preservação cultural e étnica, oferecendo espaços para educação diferenciada e atividades comunitárias”.


Em sua fala, a vereadora propôs que a Câmara crie uma Comissão com ela e mais dois vereadores para encaminhar a questão para o Poder Executivo.


“Até agora, têm sido professores da universidade e voluntários que têm acompanhado a situação, mas precisamos de um reforço institucional para que essa solução aconteça. São muitas crianças, cerca de 150 crianças ali, completamente abandonadas pelo poder público, pois não têm tido acesso às políticas públicas, nem às condições dignas de sobrevivência”, ressaltou a vereadora.

Letícia Corrêa

Assessoria de Comunicação

MANDATO COLETIVO PELA VIDA E POR DIREITOS

VEREADORA EDNA SAMPAIO

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