Durante live realizada nesta quinta (24), em comemoração ao seu aniversário, a vereadora Edna Sampaio (PT) recebeu amigos, homenagens e falou sobre a importância da participação política da mulher.
Ela lançou sua pré-candidatura e destacou que o Mandato Coletivo se coloca, desta forma, para assumir o protagonismo na Assembleia Legislativa.
“Convido a todas as mulheres e pessoas que acreditam na força da participação política das mulheres a virem somar conosco. Queremos ter a nossa própria voz. Embora seja importante que outros falem em defesa da causa das mulheres, quem melhor pode falar sobre o que necessitamos e queremos, somos nós mesmas. Por isso, quero convidar também as mulheres a serem candidatas, a história nos convoca para este momento, não podemos recuar”, disse ela.
A vereadora comentou os 90 anos do voto feminino, comemorados nesta quinta, lembrando que o Brasil ocupa uma das últimas posições no ranking de participação de mulheres no Congresso Nacional.
“O Brasil foi referência no país inteiro por protagonizar a luta pelo direito político das mulheres, no entanto, ainda temos muito o que avançar. O Brasil é um dos piores países em termos de representatividade de mulheres na política, perde para países pobres, como o Equador, e para outros muito menos desenvolvidos e industrializados. O Brasil deve muito a nós, mulheres, no avanço da participação na política”, disse ela.
Durante a programação, ela recebeu homenagens de familiares, representantes de movimentos sociais e de parlamentares do partido, entre eles o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).
“Estou aqui para trazer o meu abraço para esta guerreira, mulher corajosa, e representante do movimento negro e daqueles que lutam por liberdade e cidadania. Não podia deixar de estar aqui hoje para cumprimentar Edna e vocês, por disponibilizarem o nome da vereadora para ser nossa candidata a deputada estadual. Tudo isso é muito importante, neste momento decisivo que vive o nosso país”, disse ele.
Bate-papo
A veradora recebeu e dialogou com as cantoras Azuila Costa (Rapper Azul) e Izabele de Arruda Ferreira (Izafeh), que apresentaram composições de sua autoria, falaram sobre o processo criativo e como ele se insere em seu cotidiano.
“Acredito que o que é construído, o que é a essência da minha arte, o que se desenvolve, são realidades de fatos, vividos na minha vida ou o meu olhar sobre algo, sobre a história. Acredito muito na representatividade, não só de olhar minha mãe, vê-la como uma referência, mas também pensar em como é bom estar viva para ver uma vereadora negra, porque conhecemos como é a realidade do país. Para mim faz muito mais sentido quando me baseio em experiências vividas e compartilho isso através da minha arte”, disse Azuila.
“Meu maior desafio foi o fato de a sociedade associar o rap com as drogas e achar estranho uma rapper que não bebe, por exemplo. Isso acabou causando estranhamento até mesmo dentro do próprio núcleo. Isso é um posicionamento racista, mas me provoca. Gosto de tudo que me provoca”, disse ela.
Izafeh, que tem 19 anos, disse que desde criança tem o desejo de trabalhar com arte.
“Sou apaixonada por música e tudo o que fiz na minha vida foi para me trazer até onde estou agora, cantando as músicas que componho. Apesar de toda a dificuldade em ser uma cantora em Cuiabá, onde o cenário da MPB não é tão presente, estou na luta e vou continuar, não tem outra opção, é insistir ou insistir” , disse ela.
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