No dia 21 de novembro de 1969, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o dia 21 de março como o Dia Internacional para a Eliminação da Discriminação Racial. A data foi escolhida em memória às vítimas do chamado “Massacre de Sharpeville”, ocorrido na província de Gautung, na África do Sul, durante o regime do Apartheid, para que marcasse a importância dessa luta contra a discriminação racial, que, até hoje, se faz presente de forma naturalizada no dia a dia e continua fazendo vítimas ao redor do mundo.
Historicamente, a luta contra a discriminação racial tem sido liderada por movimentos sociais como o Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e o Apartheid na África do Sul, que lutaram por igualdade de direitos e justiça social. Esses movimentos inspiraram e influenciaram outros movimentos em todo o mundo.
Atualmente, a luta inclui a demanda por políticas públicas que promovam a igualdade racial, a defesa dos direitos dos grupos minoritários e a conscientização sobre os efeitos prejudiciais da discriminação racial.
Nesse sentido é que o Mandato Coletivo não poderia deixar de promover visibilidade à data e pautar centralmente a questão do combate ao racismo, instituindo políticas internas e ações parlamentares que atuem no sentido de combater o racismo e propor no ambiente legislativo políticas públicas eficientes no combate ao racismo.
É de autoria da vereadora Edna Sampaio, do PT o projeto de lei 409/2021, que Institui o Estatuto Municipal de Promoção e Igualdade Racial em Cuiabá/MT, que você pode consultar acessando este link. Assim como outras iniciativas anti-racistas que são foco de nossa atuação, que estão disponíveis na aba projetos do site, ou na própria página da Câmara. Na data de hoje recebemos a Diela Tamba Nhaque, Empreendedora Afro, Graduada em Serviço Social pela UFMT, CEO da Diela Tranças e Cultura Afro, que falou sobre a alusão ao Dia Internacional Contra a Discriminação Racial.
Durante conversa com a impressa, Diela comentou sobre a igualdade racial e luta contra o racismo em Cuiabá. Ela declara que quando chegou na cidade, se deparou com uma população desacreditada no futuro, e por isso ajudou e capacitou todos que estavam a sua volta.
Além disso, Diela usou também a tribuna para questionar o poder público sobre a posição dos negros refugiados dentro da capital, já que sofrem com falta de trabalho e moradia.
O que Cuiabá está fazendo para cuidar tantos dos que já estão aqui, quanto dos que estão vindo cada vez mais. Eu me faço essa pergunta todo dia, cade o nosso espaço, cade a nossa posição? - disse Diela.
Por conta desses questionamentos e falta de apoio, Diela teve a atitude e criou uma instituição que ajuda a empoderar famílias negras através de tranças e confecções de vestuários da cultura africana. Ela também administra curso de empreendedorismo para as meninas da instituição. A empresária pediu para que os políticos olhem para o seu povo, que disponibilizem verbas e fundos para ajudar os negros refugiados.
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