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Ao esperar, PT de MT perde força no diálogo com federação, diz Edna

Foto do escritor: Equipe Edna SampaioEquipe Edna Sampaio

Por: Neusa Baptista Pinto

Assessoria



Em entrevista à rádio CBN Cuiabá, nesta terça (1º), a vereadora Edna Sampaio (PT), de Cuiabá (MT), pré-candidata pelo partido a deputada estadual, opinou que a discussão em torno da federação partidária não deveria ser vista pela direção estadual da sigla como impeditivo, mas sim como estímulo à construção de chapas próprias e à discussão de nomes para o próximo pleito.



Em sua avaliação, a demora do partido em se definir pode levá-lo a perder a chance de construir candidaturas que o fortaleceriam, inclusive, no diálogo com as demais siglas que integrarão a federação partidária.



Para ela, ao escolher esperar a definição em torno da federação para definir sua situação em nível estadual, o partido terceiriza às demais siglas que vão compor a federação a decisão sobre candidaturas majoritárias, o que, para ela, é inadmissível, pois fragiliza o partido ao negar sua potencialidade.



Em sua avaliação, até por ser a segunda maior bancada federal, com mais de 50 deputados, caberá ao PT ceder espaço aos demais partidos na composição da federação, e isso, por si só, deveria ensejar maior debate em Mato Grosso.



“Quando falamos em protagonismo do partido, falamos da capacidade que ele tem (e ele tem) de apresentar candidaturas viáveis e competitivas para a população cuiabana e matogrossense. Mato Grosso e Cuiabá precisam ter, no PT, uma referência e uma possibilidade real de poder. Nunca administramos nossa capital e o Estado, e o PT tem mais de 40 anos”, disse ela.



A parlamentar apontou a conjuntura política favorável, diante da real possibilidade de eleição do ex-presidente Lula, e do crescimento do apoio popular à sua candidatura, destacando a necessidade de a direção estadual assumir postura protagonista na consolidação do projeto do partido para o país.



Candidatura



Ela opinou que a demora na definição e a recusa da direção do partido em aceitá-la como possibilidade real de disputa levaram ao recuo de sua candidatura ao Senado, mas não da disposição de defender o partido e Lula em Mato Grosso.



“Quem diria que viveríamos uma onda Lula neste momento? Os anos de 2016 e 2018 foram os piores; chegamos a sofrer violência durante o processo eleitoral. Mas a onda mudou, precisamos apresentar candidaturas. Por isso, apresentamos nosso nome ao Senado, como possibilidade de fazer o debate estadual sobre o projeto que o PT quer para o país”, disse ela.




“Temos a disposição militante de protagonizar as disputas no Estado, dar visibilidade ao que o partido representa aqui. Vamos esperar a negociação que Lula está fazendo, se for importante nos colocar, se Lula nos chamar, claro que vamos. Mas a candidatura a estadual é sobre o que nós temos governabilidade, o que pode ser construído a partir de um grupo político, que é o que somos”.


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