Já está em vigor em Cuiabá a lei 6.857/22, que aumentou o período de vida útil dos veículos que podem ser usados para o transporte remunerado privado de passageiros na capital.
A nova legislação ampliou de 10 para 12 anos a data da fabricação dos veículos, sendo a medida válida para carros a gasolina, álcool ou diesel, adaptados, híbridos, elétricos e similares.
O projeto de lei foi subscrito pelo vereador suplente Robinson Cireia e pela vereadora Edna Sampaio, ambos do PT, e apresentado à Câmara em março do ano passado.
O documento argumenta que a Lei federal 12.587/12 criou a competência exclusiva do município em regulamentar e fiscalizar esse tipo de transporte e cita a situação de pandemia e perda de renda, o empobrecimento dos proprietários de veículos e a crise da produção automotiva como argumentos para a dilatação do prazo.
“O projeto tem a intenção de contribuir para a geração de renda. Com o desemprego e o preço dos automóveis em alta, os trabalhadores não têm condições financeiras de trocar seu carro. Com a aprovação desta lei, estando o veículo conservado, bem cuidado e com 12 anos de uso, poderá continuar rodando para que este trabalhador continue tendo sua renda e não precise trocar de carro”, disse Cireia.
“O vereador propôs um prazo um pouco maior para que as pessoas possam continuar utilizando o veículo, obedecendo a legislação no que se refere à revisão e às condições adequadas para a circulação. Do ponto de vista ambiental, também será vantajoso, pois o carro não é um bem descartável e precisamos fazer com que este tipo de bem dure ainda mais, poupando a natureza”, disse Edna Sampaio.
“Manter a referida lei municipal com a limitação de 10 anos de fabricação em meio a Pandemia de Covid 19 e à possibilidade de guerra iminente é dificultar a vida das pessoas. É uma injustiça social que só beneficia as empresas multinacionais e nacionais que operam aplicativos de mobilidade”, dizia o texto.
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