Na 21ª Parada da Diversidade realizada no sábado (29), em Cuiabá, as pré-candidatas "3Pretas" — Edna Sampaio (PT), Daiely Cristina e Neusa Baptista — juntamente com representantes do Mandato Coletivo Pela Vida & Direitos, estiveram presentes e reforçaram o pedido de aprovação do "Estatuto LGBTQIA+", de autoria da vereadora Edna Sampaio. O tema da parada deste ano foi "Nada Sobre Nós, Sem Nós - Vote com Orgulho".
Em sua fala, a liderança LGBT Daiely Cristina destacou a importância de políticas públicas inclusivas e a necessidade de garantir direitos e proteção à comunidade LGBTQIA+.
"É muito importante para a gente poder comemorar toda a nossa luta, toda a nossa trajetória. Mas hoje também é o dia de reivindicar todos os nossos direitos. Nós queremos direitos, nós queremos dignidade. Queremos uma vida digna. Queremos acesso à saúde, educação, alimentação e moradia. Dizemos para Cuiabá, para Mato Grosso, para o Brasil: nós, LGBTs, cada vez mais, iremos ocupar os espaços de poder", afirmou Day.
Edna, por sua vez, reiterou seu compromisso com a causa e enfatizou que o "Estatuto LGBTQIA+" é um passo essencial para combater a discriminação e promover a igualdade de direitos.
"Quero dizer que as pessoas são diversas e os amores também são. Tenho muita felicidade e alegria de poder fazer parte de uma luta assim, com tantas cores, com tanta energia e com a certeza de que amanhã lutaremos muito melhor do que hoje. Mas hoje, hoje é o presente da nossa luta e nós seguimos em marcha. Em marcha, até que todas as pessoas possam viver livremente, possam amar livremente e possam ser respeitadas. A luta LGBTQIA+ é a luta de todos nós. Parabéns, pessoal!", declarou.
Estatuto LGBTQIA+
O "Estatuto LGBTQIA+", em tramitação na Câmara Municipal desde 2022, destina-se a promover os direitos humanos, a livre orientação sexual e identidade de gênero, além de eliminar, prevenir e punir situações de violência e discriminação contra pessoas LGBTQIA+. Entre suas diretrizes, estão o combate ao bullying e a promoção de medidas de inclusão e permanência na educação, como a constituição de um Fórum Municipal de Educação para os Direitos Humanos e a implementação de políticas contra a violência nas escolas.
O estatuto também propõe a criação de um comitê sobre políticas de atendimento à saúde da população LGBTQIA+, a implantação de um ambulatório para atendimento ao processo transexualizador no Sistema Único de Saúde, e o fortalecimento da política de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. Ademais, prevê a garantia do cumprimento da lei federal 7.716/89, que equipara a LGBTfobia ao crime de racismo.
Letícia Corrêa
Assessoria de Comunicação
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