A vereadora Edna Sampaio (PT) e os membros do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos estiveram presentes em mais um ato “Fora Bolsonaro” em Cuiabá, neste sábado (19), com concentração começando às 8 horas na frente do Sesc Arsenal, no bairro do Porto, de onde saiu uma carreata de cerca de 300 automóveis, do Sesc Arsenal, rumo ao mercado do Porto circulando pela região central até a avenida Getúlio Vargas e à Praça Alencastro.
De lá, saiu uma passeata que reuniu cerca de 1,5 mil pessoas, conforme dados levantados preliminarmente junto à organização do evento, circulando pela região do centro.
A vereadora destacou a importância do ato como uma demonstração da força da organização popular, mesmo diante de um cenário de tragédia.
“Hoje é um outro dia de alegria. Nesse tempo de desgoverno que produz a morte aos milhares nesse país, o dia em que saímos às ruas e colocamos nossa cara para dizer ao povo que não aceitamos esse governo, que ele precisa cair, é um dia de alegria porque nós ocupamos a rua, e a rua é o nosso lugar”, disse ela.
A vereadora destacou que o governo ameaça a vida de todos, enfatizando a população LGBT, devido ao estímulo que Bolsonaro faz aos homofóbicos para se manifestarem e a reivindicarem o direito de o serem.
“É assim que vamos construir a nossa resistência, indo para as ruas, como nós sempre fizemos; que caia o genocida, que nos levantemos contra a morte, contra o racismo, contra toda forma de extermínio que esse governo promove”, disse a vereadora.
Ela também falou sobre o aumento dos casos de racismo na capital, salientando que o governo também estimula o preconceito racial. E fez alusão ao caso mais recente, envolvendo um funcionário público negro, que foi agredido por seguranças, ao ser acusado de um par de calçados que ele havia acabado de comprar na loja Studio Z, no shopping Pantanal.
“Não vamos nos intimidar. Não vamos aceitar a humilhação de todos os dias de um preto ou uma preta ter que andar com uma nota fiscal daquilo que compra com medo de ser preso, com o medo de ser cercado”, disse ela.
“Esse governo também autoriza o racismo como aquele que temos visto todos os dias nessa capital, precisamos tomar providências porque os racistas não vão parar se nós ficarmos quietos, os racistas precisam saber que as vidas negras importam ”.
“Os poderosos não têm limites para espoliação do nosso trabalho para destruição dos nossos direitos e o governo Bolsonaro representa o que há de pior na história da humanidade porque ele não é só um governo ruim ele é um homem cruel que não se importa com a vida do povo”, disse a vereadora.
Co-vereadores e co-vereadoras do Mandato Coletivo pela Vida e por Direitos também estiveram presentes.
“Precisamos nos posicionar enquanto mandato coletivo, enquanto pessoas que compõem essa sociedade, pessoas preteridas, que passam por muitas situações de isolamento, preconceito racismo, homofobia e esse mandato, como é representativo quando vem para rua, traz todas essas pessoas que representa”, disse a co-vereadora Tafnys Hadassa.
“Nós, gays, lésbicas, travestis e transexuais nos organizamos, resistimos e vamos continuar dizendo fora Bolsonaro, fora aqueles que querem invisibilizar as pessoas LGBT, que mais estão sofrendo neste momento de pandemia com muito mais vulnerabilidade social”, disse Clóvis Arantes, outro co-vereador.
Participantes
Entre os participantes, uma grande parte era composta de estudantes, muitos deles não filiados a movimentos, entre eles Lucas leite, docente da área da saúde da Universidade Federal de Mato Grosso, que reafirmou a importância dos atos para combater o negacionismo e as marcas da ditadura que observamos atualmente.
“Qualquer movimento no sentido de mostrar que outro mundo é possível, que a resistência é possível e que a gente pode superar esse momento assombroso, é importante. Vir para rua, ocupar a rua é extremamente importante para mostrar que não compactuamos com este governo”, disse ele.
Atraiu também militantes antigos, como o radialista José Lago, de Várzea Grande.
“Sou petista desde a fundação. Estou achando ótimo esse movimento tem que ser desta forma, senão a gente não muda nada. Eu nasci no PT, no tempo dos movimentos de rua, associações de moradores, sindicatos, sou dessa época”, disse ele.
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